A campeã mundial é a taipan do interior (Oxyuranus microlepidotus), uma serpente que praticamente só pode ser encontrada na Austrália. Ela é tão perigosa que uma só picada contém veneno suficiente para matar mais de 100 pessoas ou 250 mil camundongos! Em nosso país, o ranking das peçonhentas é liderado pela coral-verdadeira (Micrurus sp.), uma parente distante da taipan. “Ambas pertencem à família Elapidae, que conta com 240 espécies altamente venenosas em todo o planeta, exceto na Europa”, diz o biólogo Otávio Marques, do Instituto Butantan, em São Paulo. Estima-se que, todos os anos, ocorram de um a dois milhões de acidentes envolvendo seres humanos e cobras (venenosas e não-venenosas), dos quais cerca de 50 mil resultam em morte. As cobras venenosas são divididas em três categorias, conforme a ação do seu veneno.
“O primeiro grupo é o das cobras cujo veneno age no sistema nervoso periférico, causando parada respiratória – é o caso da taipan e da coral. Já as víboras inoculam substâncias tóxicas que provocam distúrbios na coagulação do sangue, hemorragias e necrose local. As serpentes marinhas, por fim, liberam um tipo de veneno chamado miotóxico, que causa destruição das fibras musculares e insuficiência renal aguda”, afirma Fátima Viveiros, também bióloga do Instituto Butantan.
Esquadrão da morteAs campeãs nacionais e internacionais da peçonhaNO BRASIL
1. Coral-verdadeira (Micrurus sp.)
Embora seja a mais venenosa, é responsável por apenas 1% dos acidentes com cobras no país
2. Cascavel (Crotalus durissus)
Cerca de 30% de suas vítimas morrem se não receberem soro antiofídico a tempo
3. Surucucu-pico-de-jaca (Lachesis muta)
Com mais de 3 metros, é a maior cobra venenosa da América Latina. A picada causa edema e hemorragia
NO MUNDO
1. Taipan do interior (Oxyuranus microlepidotus)
Australiana. Sua picada pode causar paralisia respiratória, levando a vítima à morte em poucos minutos
2. Cobra marrom (Pseudonaja textilis)
Também australiana. Uma única gota do seu veneno é suficiente para matar uma pessoa
3. Krait malasiana (Bungarus candidus)
Vive no Sudeste asiático. É tão perigosa que 50% das vítimas morrem mesmo tomando soro antiofídico.
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