A artista Ariana Page Russel transformou sua doença, o dermografismo – uma hipersensibilidade na pele – em arte, desenhando temporariamente em seu próprio corpo
A doença não põe em risco a vida do paciente e, em cerca de 95% dos casos, permanece por toda a vida. O tratamento consiste em se medicar com anti-histamínicos (para reduzir os efeitos) – claro, após diagnóstico e acompanhamento de um dermatologista. Se você possui essa condição, pode se considerar uma pessoa rara: a doença afeta cerca de 5% da população.Dermografismo – também conhecido como dermatografismo ou urticária demográfica – é um distúrbio de pele que causa uma hipersensibilidade tão aguda que gera inchaço e inflamação por reação a picadas ou arranhões – mesmo leves. A condição por vezes causa vergonha ao portador, pois a reação alérgica é constantemente exagerada e qualquer simples arranhão, com uma unha ou caneta, por exemplo, fica com aparência de algum acidente mais sério.
Dermografismo transformado em arte
A artista Ariana Page Russel, no entanto, se aproveitou do dermografismo e transformou seu corpo em tela. Utilizando padrões, riscos, formas geométricas, Ariana explorou o universo vulnerável de sua pele e criou obras de arte temporárias, que retratou em fotos muito íntimas, que você confere abaixo.
“Eu tenho uma condição na qual o sistema imunológico lança quantidades excessivas de histamina, que causa inchaço e irritação que duram cerca de 30 minutos, quando a pele hipersensível é levemente arranhada. Isso me permite desenhar na pele sem causar dor, com tempo suficiente para fotografar os resultados. Mesmo eu podendo desenhar de forma efêmera nela, a reação é involuntária, bem como a natureza incontrolável de um rubor (de face)”.
Arte na pele hipersensível
via My Modern Met
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